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“RUN” [1X05] – Surpreender por surpreender

* Este texto se refere ao QUINTO EPISÓDIO da PRIMEIRA TEMPORADA da série “Run”. Clique aqui para ler a crítica do quarto episódio.

O quinto episódio da série RUN é curto, com apenas vinte e quatro minutos. Ocorre um fato que sugere que a série trilhará um novo rumo, mais sombrio. O baixo nível de qualidade, contudo, parece que permanecerá até o fim.

(© HBO / Divulgação)

Archie Panjabi continua roubando os holofotes diante dos fragilizados – em razão da personalidade quase débil das personagens – Merritt Wever e Domhnall Gleeson. A estupidez dos dois toma proporções inverossímeis (já que ela, no início, parecia inteligente; enquanto ele é uma espécie de coach), não superando apenas o Laurence de Rich Sommer, a versão estereotipada do marido pacífico mesmo quando traído.

No quinto capítulo, há alguma melhora na fotografia, salvo na mal feita elipse do passar das horas usando a mudança de cores no céu. Destacam-se os minutos iniciais (o vasto campo da perseguição) e as cenas com a personagem de Phoebe Waller-Bridge (que também é produtora executiva da produção). Naquelas, o vasto campo da perseguição sugere a amplitude de possibilidades narrativas; nestas, o visual escurecido indica o novo tom da série, dado um acontecimento inesperado. Em tese, a surpresa seria uma virtude – mas não aqui: surpreender por surpreender, sem fazer sentido nem agregar à obra, é inócuo.